O CEO da BRF, Pedro Parente, afirmou nesta quinta-feira (7/2), que a companhia trabalha para pelo menos retomar os níveis de embarque de carne de frango para a Arábia Saudita. No mês passado, o país anunciou o descredenciamento de cinco unidades brasileiras que exportavam a proteína ao país, das quais duas da BRF. "Na realidade, há potencial até para aumentar ainda mais as vendas para a Arábia Saudita", comentou o executivo em teleconferência com analistas para detalhar as vendas de unidades na Europa e Tailândia para a Tyson Foods. Ainda sobre o mercado árabe, Parente ressaltou que a Arábia Saudita está entre os países em que a BRF pode atingir um crescimento inorgânico, ao lado da Turquia, previsto para os próximos anos. Este avanço pode acontecer a partir de 2021.
Questionado sobre as tarifas antidumping vigentes na China para o frango brasileiro, o CEO da BRF disse que as negociações destas taxas serão feitas em conjunto com o Ministério da Agricultura. "Não é algo que faremos sozinhos", acrescentou.
Segundo representantes do setor, a China já aceitou diminuir as taxas e as negociações sobre os porcentuais serão feitas caso a caso, com cada companhia do setor. Em relação ao mercado europeu, o diretor global de operações da BRF, Lorival Luz, comentou que o acordo de venda de ativos para a Tyson Foods inclui uma parceria para fornecimento de produtos, o que permitirá que a companhia brasileira acesse este mercado futuramente. Já no Brasil, Luz destacou a expectativa de melhora na geração do Produto Interno Bruto (PIB), o que pode beneficiar a companhia no mercado interno, em termos de demanda por proteínas.
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